- Quando se fala da Arábia, logo nos vêm à memória as histórias do Ali Babá, do Ladrão de Bagdad ou do Sir Lawrence da Arábia... mas estas são apenas histórias de encantar ou feitas para o cinema, porque a realidade é bastante mais entusiasmante que histórias para o serão... em casas onde não existe televisão!
- A arqueologia tem mostrado mundos inimagináveis esquecidos na poeira dos tempos ... e dos desertos que constituem grande parte do Oriente médio. Mas vamos continuar a história, não das Mil e Uma Noites da mítica Sherazade, mas da Arábia real, misteriosa, antiga até se dizer chega!
- No II milénio a.C., domestica-se o camelo e, anos mais tarde, inventa-se uma escrita alfabética. Na segunda metade do I milénio, nascem, na Arábia do Sul, estados organizados, entre os quais os reinos de Hadramaout e de Saba (séculos IX a.C. a I d.C.). Os negociantes da Arábia do Sul monopolizam o comércio entre a Índia e o Ocidente, mas as trocas declinam por volta do II milénio a.C. Os beduínos da Arábia do Norte, por seu turno, praticam uma economia tão precária que não pode ser auto-suficiente. Os oásis do Hedjaz são activos centros de comércio.
- Com a presença romana no Oriente, nos séculos II a.C. a IV d.C., desenvolveram-se, nos terminais das rotas de caravanas, as celebradas cidades-estados: Petra, que foi primeiro a capital dos Nabateus e depois, a capital da província romana da Arábia (ano 106 d.C.), Bosra e Palmira (século III). Nos séculos IV e V, o declínio do comércio coincidiu com a decadência de Roma e a desorganização da Arábia do Sul.
- A expansão do cristianismo e do judaísmo, levou a que Meca e o seu centro de peregrinação em torno da Caaba e da Pedra Negra, se desenvolvesse, graças ao próspero comércio dos Coraixitas. O Profeta Maomé começou a pregar no início do século VII e estas pregações, depois de reunidas no Alcorão, mostraram ser capazes de unir a Arábia em torno de uma nova religião, dando um novo impulso à expansão para as terras mais ricas, que era a eterna vocação dos nómadas.
- Yathrib (Medina), para onde a comunidade teve de emigrar, decorria o ano de 622, veio a transformar-se no centro do Islão. No ano de 630, as tribos de toda a península já estão todas convertidas ao Islamismo.
- Iremos continuar esta história, pois é como a Nau Catrineta... "tem muito que contar!..."
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