31/10/07

ETIMOLOGIA... o que é isso?

O O termo "etimologia", deriva do grego e significa "origem" e "razão" do significado e da forma que apresentam as palavras, ou seja a "verdade" da palavra. Na gramática estuda isoladamente as palavras consideradas nos aspectos já referidos. É uma interpretação expontânea que se atribui, na linguagem vulgar, a uma palavra que é relacionada com outra de origem diferente. A relação estabelecida pode originar evoluções semânticas ou provocar deturpações fonéticas.
A A etimologia estuda a derivação dos vocábulos no mais amplo sentido e investiga a origem e a evolução da fonética, da ortografia e do significado de cada palavra. Toda a hipótese sobre a evolução de um vocábulo deve ter conta as leis sobre as variações fonéticas, pois as palavras atingem a sua forma através de um processo. Muitas vezes compõem-se de primitivos morfemas autónomos, que acabam por perder a sua independência. Os etimologistas têm, pois, de possuir um conhecimento profundo das raízes e dos afixos do idioma que investigam. Por outro lado, a etimologia procura classificar genealógicamente os significados originais de cada palavra, no quadro das analogias conhecidas e das leis da probabilidade psicológica. A toponímia tem um valor particular em etimologia.

x Os topónimos aludem, geralmente, a características típicas das localidades e, muitas vezes, têm origem em substratos ou superstratos, o que os torna particularmente interessantes. Na sua maior parte, o léxico do português provém do latim. São, porém, relevantes os substratos Celtas (ex. Conimbriga, Bragança, camisa, saia, cerveja...), Gregos e Fenícios (ex. malha, mapa...), os superstratos germânicos (ex. baluarte, barriga, gastar, guerra, roubar, raça...) e Árabe (ex. açorda. álcool, alecrim, algarismo, oxalá, xarope...) e os empréstimos provenientes de diversas línguas, com destaque para o Castelhano, o Francês e o Inglês.

d Jamais se poderá compreender a deturpação da língua pátria se não houver um interesse em dar à língua o sentido etimológico daquilo que se diz. Mas temos que entender que as novas palavras, provenientes das emigrações e migrações dos povos de todo o mundo, são uma consequência disso mesmo... e é o Povo que faz a língua e não o inverso. No Brasil diz-se de uma maneira diferente de Portugal, tal como em Moçambique ou Angola há outra maneira de pronunciar? É na diversidade que se vai tornando a língua mais rica... se etimológicamente há verdade na palavra dita!

h E como é bonita a Língua Portuguesa !!!

19/10/07

DIALOGANDO...

**** O ser humano, pelo seu perfil psicosomático, precisa de viver acompanhado.
---- Tem uma necessidade intrínseca em se relacionar com o outro, de comunicar socialmente com o mundo em que vive, de estar em constante contacto com outros seres, seus iguais. Quando foge do mundo, isolando-se da sociedade e do convívio com o seu semelhante, torna-se num ser embrutecido, endurecido, completamente desligado dos sentimentos que lhe deveriam ser próprios.
**** Momentos há, digamos a verdade, em que há a necessidade de ficar-mos a sós, fechando-nos na nossa concha, numa íntima auto-análise do próprio mundo , especialmente quando pretendemos melhor o nosso "eu". São estas ocasiões que nos tornarão capazes de melhor entender e conviver com os outros em sociedade.
**** Uma das atitudes mais simples e essênciais para o ser humano é dialogar.
**** Quando conversamos, estabelecemos contacto vital com o mundo que nos rodeia. Somos parte desse mesmo mundo, porque participantes activos através do diálogo, porque dialogar é a maior fonte de prazer que possuímos.
**** É através deste intercâmbio que transmitimos experiências e absorvemos as dos outros, coisa que nos será bastante útil.
**** Além do enriquecimento pessoal, que nos é proporcionado, podemos deste modo avaliar os nossos sentimentos de solidariedade e cooperação, reportando-nos aos diálogos mais construtivos e enobrecedores do carácter.
*****É este um bom conselho que podemos dar a nós próprios: Não desperdicemos os diálogos com aqueles amigos que nos são mais próximos e vamos procurar incentivá-los nas nossas vidas.
**** Por certo que estaremos a tornar mais rica a nossa vida e seremos pedras angulares da sociedade a que pertencemos. DIALOGUEMOS, POIS!!!

14/10/07

MOMENTO DE POESIA




-----Alma minha gentil, que te partistes,

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--------Tão cedo desta vida, descontente

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-----Repousa lá no céu, eternamente...

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------ E viva eu cá na terra, sempre triste

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------Se lá, no assento etéreo, onde subiste

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---------Memória deste vida, se consente...

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------Não esqueças amor, ardente

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----------Que já em meus olhos, tão puro vistes!!!

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------E se vires que pode merecer-te

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-----------Alguma coisa a dor que me ficou

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------Da mágoa, sem remédio, de perder-te

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-------- Roga a Deus, que teus anos encurtou,

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------Que tão cedo, de cá, me leve a ver-te...

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--------... Quão cedo dos meus olhos te levou!

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------------------------(...Luis Vaz de Camões...)

13/10/07

RECOMEÇAR ...



Não importa onde paramos... em que momento da vida nos cansamos... o que importa é que sempre é possível e necessário recomeçar.


Recomeçar é dar uma nova chance a nós mesmo... É renovar as esperanças na vida e, o mais importante: acreditar em nós novamente.


Ficamos com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia...


Sentimo-nos só por diversas vezes? É porque fechamos a porta até para os anjos...


Estamos sózinhos?


Talvez tenhamos afastado as pessoas no nosso "período de isolamento"..


Acreditámos que tudo estava perdido? Era o início da nossa melhora...


Pois bem, agora é hora de reiniciar, de pensar na luz... de encontrar prazer nas coisas simples, novamente..


Que tal dar um jeito no visual, fazer um novo curso ou realizar aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa?


Quantos desafios a vida oferece! Quanta coisa nova poderá ser descoberta!


Quando nos entregamos à tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai minando nosso fígado, até a boca ficar amarga.


Se nos sentirmos assim, com a sensação de derrota, é hora de recomeçar.


Qualquer dia é um bom dia para enfrentar novos desafios.


Define-se onde se quer chegar e dá-se o primeiro passo.


Começa-se por fazer limpeza mental, jogando fora todos esses pensamentos e sentimentos pessimistas que se acumularam ao longo do tempo.


Atira-se para longe os ressentimentos, as mágoas, os melindres que impedem a felicidade de entrar.


Desfaz-se desse sentimento de inferioridade, de incapacidade, e valoriza-se.


Somos o que fizermos de nós.


Em seguida,faz -se uma "limpeza" em casa. Joga-se fora todo aquele lixo que se acumula há anos, só como recordação do passado. Papéis velhos dos quais nunca se precisou. Abre-se o guarda-roupa e retira-se tudo o que não se usa mais.


Para recomeçar é preciso abrir espaços mentais e físicos... Depois que tomarmos essas providências, ler-se um bom livro e assistir a um bom filme, para alimentar a mente, com idéias positivas e optimistas.


Aproximemo-nos dos amigos, dos familiares, das pessoas alegres que nos ajudarão a sustentar o bom ânimo e a coragem.


Procuremos um lugar calmo e rezemos a Deus uma prece. Mas começando a agradecer pela vida, pelas oportunidades renovadas, pelos obstáculos e desafios que surgem no caminho.


Eles nos fazem mais forte quando os superamos.
Lembremo-nos o dia de hoje é uma página em branco que Deus nos oferece para que comecemos um novo capítulo da nossa vida.


Recomeçar é só uma questão de querer. Se quizermos Deus quer.


É por isso que Ele acena sempre com uma nova chance chamada presente.


Pensemos nisto e recomecemos ....

A CAPACIDADE DE SABER OUVIR ...


b - A maior parte de nós tem plena capacidade auditiva, mas isso não significa necessariamente que tenhamos o dom de saber ouvir.
m - Embora a audição seja uma dádiva maravilhosa, não há como negar que poucos, muito poucos de nós, dominamos a arte de ouvir.
G - Ainda não conseguimos ouvir os queixumes dos outros sem que atravessemos um comentário a respeito os nossos próprios aborrecimentos.
mm - Deixamos assim de escutar as histórias dos outros, para narrar a nossa própria, como se apenas esta fosse digna de ser registrada e conhecida. Ainda não conseguimos ouvir as críticas que nos fazem. Em poucos instantes já estamos irritados e ofendidos, mais preocupados em nos defender ou até em agredir verbalmente o outro.
t - Ouvir com serenidade tudo o que nos querem falar, por ora, parece ser superior às nossas forças. Ainda não conseguimos ouvir conselhos e orientações que sejam dirigidas à nossa melhoria íntima.
- - Esse tipo de conversa sempre nos parece aborrecida e sem sentido, afinal, muitas dessas palavras sábias representariam mudança de conduta e o abandono de muitos vícios. Não estamos dispostos a isso.
k - Mas se a conversa gira em torno de maledicências, aí então, os ouvidos parecem ficar mais capazes de registrar sons e nosso interesse fica aguçado.
o - O sono passa e sempre há tempo para querer saber algum detalhe a mais a respeito do assunto. Muita conversa inútil preenche nossas horas e consome nosso tempo.
s - Muitos exemplos infelizes são tomados como modelos de atitude, por equívoco daqueles que os ouvem.
a - Inúmeras dificuldades são criadas em nossa intimidade pelo desequilíbrio gerado pela maledicência. Por outro lado, muitos amigos precisam de nós para um diálogo saudável e nós não temos sensibilidade suficiente para deixá-los falar. Muitas palavras acertadas que nos auxiliariam a não incidir mais uma vez no mesmo erro, deixam de ser escutadas por desatenção.
l - A capacidade de ouvir não se limita exclusivamente à possibilidade de captar sons. Temos sido surdos em um mundo repleto de sons que poderiam transformar nossas vidas em sinfonias de amor e de realização.
k - Temos sido criaturas incapazes de perceber palavras e histórias maravilhosas de pessoas que nos cercam e que muito poderiam nos ensinar.
t - Somos surdos quando se trata de escutar verdadeiramente aquilo que precisamos ouvir. É necessário e urgente que desenvolvamos a real capacidade de ouvir.

12/10/07

ELOGIAR ...

d O ser humano é feito, entre outras coisas, de sonhos, ideais, expectativas...
h O futuro, apesar dos percalços e obstáculos do presente, sempre se desenha com bons ventos, melhorias e conquistas. Por isso, sempre devemos prosseguir lutando, doando o melhor de nós na busca dos objetivos e metas.
n Nesse percurso, à medida que nos esforçamos, alcançamos degraus intermediários e vitórias parciais que nos animam e estimulam.
C Ser reconhecido pelos que nos cercam, parentes ou colegas de trabalho, é um grande incentivo. Aprendemos a elogiar as boas atitudes, as idéias felizes, os esforços sinceros daqueles que caminham conosco.
f Digamos-lhes o quanto foi importante trabalhar juntos dedicadamente.
u Evitemos abrir a boca para a crítica desalentadora, tendo em mente que colhemos tudo o que plantamos. O rigor desanima e afasta, tanto quanto as bajulações excessivas.
k Elogiar é reconhecer os esforços dos outros, assim como gostaríamos que fizessem conosco.
(Adaptado do livro"Pequenas Atitudes", de Joamar Z. Nazareth. )

10/10/07

QUEBRANDO TABÚS...

* Jamais alguém poderá afirmar que os tabús não são quebrados, que os espíritos são retrógrados e têm ainda mil e um cuidados para que a Santa Inquisição, a Comissão de Censura ou os formados em iliteracia pela "Universidade da Ignorância" não venham a julgar este texto fora do contexto das coisas que se devem divulgar.
* É a partir do cumprimento da primeira centúria do milénio passado que as grandes transformações têm o seu início. A "Antiguidade Tardia" é uma época de charneira, pois é nela que começa a definir-se um código de actos sexuais proibidos, acoplados a uma nova moral, que é anterior ao Cristianismo e sobre a qual o ideário católico exerce grande atracção. De uma bissexualidade activa desliza-se para uma "heterossexualidade de reprodução" e o casamento ir-seá lentamente constituíndo em instituíção fundamental da sociedade - consequentemente , nota-se uma certa tendência para a sua "estabilização".
* As ligações carnais dentro do mesmo sexo são crescentemente censuradas. Ora a religião cristã ascende nesta atmosfera mental. Recolhe os traços desta moral pagã em formação e desenvolve-os, retendo igualmente a herança do judaísmo (Verney, Arlès, Foucault).
* Nistzsche acreditava ter reconhecido no ressentimento anti-sexual a essência do Cristianismo. Bullough irá classificá-lo de religião sexualmente negativa. O que é certo, é que do Baixo Império aos nossos dias nunca o Cristianismo deixou de lançar a desconfiança sobre os prazeres carnais. O fim da sexualidade era a procriação. Todo o uso que tivesse claramente como objectivo a não reprodução era "condenado": as relações extra-conjugais, a polução, as práticas homossexuais, com animais, etc...etc.
* Sexo, pois, só no meio do casal e mesmo aí, se era reconhecido o papel da instituíção no combate à excitação do apetite sexual do homem, a moderação era inssistentemente recomendada (Flandrin). A longa duração deste modelo monogâmico e indissolúvel do casamento é o facto mais marcante da história da sexualidade ocidental (Arlès). Todavia, o seu triunfo não é síncrono da ascenção da religião cristã. Só surgirá entre os séculos IX e XII, contrastando com o modelo laico aristocrático - acto privado, celebrado entre famílias para satisfazer os jogos do poder e contrapoder e desfeito ao sabor da precaridade das alianças. * Numa primeira fase, a batalha da Igreja incide sobre a publicidade da cerimónia e o reconhecimento social da importância da intervenção eclesiástica. Só a partir do século XII a indissolubilidade do matrimónio começa a ser a preocupação dominante. Luta tenaz mas por fim vitoriosa. Nas camadas populares, a norma eclesiástica não teria encontrado grande resistência, pois, segundo Arlès, foi ao encontro de uma criação expontânea das colectividades rurais, condição prévia da estabilidade da própria comunidade.
* Já Georges Duby sustenta a hipótese de que o modelo da Igreja, ao impor-se logo a partir do século IX, servirá sobretudo os interesses dos senhores no enquadramento dos seus dependentes no seio de uma disciplina de costumes, repercutindo-se na consolidação das relação de produção.
* Um problema que continuará a motivar discussões, críticas e reparos... mas isso depois falamos.
Um trabalho baseado no artigo CLIO NA HORA DO SEX APPEAL, publicado na revista Lêr História nº. 4 - 1985

05/10/07

A INTELIGÊNCIA... talvez...

Nos dias de hoje, há uma ideia muito limitante na área da inteligência, apostando-se na afirmação de que é um as pessoas mais inteligentes terem uma "velocidade mental" bastente mais rápida. Há a ideia generalizada de que as pessoas mais espertas são mentalmente mais expeditas, e este é um conceito já antigo mas muito... vago. Podemos reportar-nos ao passado, e remontar ao século XVII, ao filósofo inglês Thomás Hobbes, mas, este conceito, entretanto, nunca mais foi posto de lado. Os psicólogos de hoje mencionam, com frequência, a "teoria" da "velocidade mental" e da "velocidade de processamento da informação", no campo da inteligência. O que pretenderão dizer com isto é que aqueles que apresentam um melhor desempenho nos testes de inteligência poderão ser mais espertos em parte porque alguns aspectos fundamentais do cérebro se processam mais rápidamente. O principal problema relativamente a esta ideia global é o facto de os nossos eminentes técnicos não conseguirem entender-se quanto ao facto da medição dessa velocidade mental. Pode-se concluir que a inteligência está relacionada com muitos factores que implicam velocidade de processamento da informação, mas que os cientistas têm dificuldade em conceptualizar "velocidade mental" de um modo uniforme. Penso que é provável que esta situação venha a alterar-se muito rápidamente com os novos métodos usados para obter imagens do cérebro.
Mas não se pense que a inteligência é uma questão fácil de referenciar no panorama do conhecimento do ser humano. Não. O facto de cada vez mais a ciência se entregar a tarefas de reconhecimento do cérebro como um dos mais complexos e entusiasmantes objectos passiveis de estudar a inteligência humana no seu todo, levamos a acreditar que o amanhã nos dará resposta cada vez mais positivas do desenvolvimento de uma inteligência apenas comparável à das máquinas... mas estas que não abusem, pois sempre terão o Homem como seu autor... e nenhuma máquina jamais será mais perfeita que o Homem, por muito que o homem tente.

A DEFENIÇÃO DO AMOR ...

O amor não se pode definir; e talvez que esta seja a sua melhor definição. Sendo em nós limitado o modo de explicar, é infinito o modo de sentir; por isso nem tudo o que se sabe sentir, se sabe dizer: o gosto, e a dor, não se podem reduzir a palavras. O amor não só tem ocupado, e há-de ocupar o coração dos homens, mas também os seus discursos; porém por mais que a imaginação se esforce, tudo o que produzir a respeito do amor, são átomos. Os que amam não têm livre o espírito para dizerem o que sentem; e sempre acham que o que sentem é mais do que o que dizem; o mesmo amor entorpece a ideia e lhes serve de embaraço: os que não amam, mal podem discorrer sobre uma impressão, que ignoram; os que amaram são como a cinza fria, donde só se reconhece o efeito da chama, e não a sua natureza; ou também como o cometa, que depois de girar a esfera, sem deixar vestígio algum, desaparece.