O DIA DAS MENTIRAS

Não existem provas quanto ao porquê do Dia das Mentiras, sendo que se tornou uma das celebrações mais persistentes na vida humana, pois é um dia comemorado um pouco por toda a parte.
Esta comemoração do dia 01 de Abril julga-se poder estar ligada à introdução do calendário gregoriano, quando decorria o ano de 1564. Até esta data, o início do ano comemorava-se na semana que ia de 25 de Março a 1 de Abril, para que viesse a coincidir com o equinócio de Primavera. Foi o rei francês Charles IX quem adoptou o novo calendário, que iniciava o ano a 1 de Janeiro, mas houve muitas pessoas que, ou por falta de conhecimento ou puro conservadorismo, não aceitaram muito bem esta alteração. Os adeptos do novo calendário faziam troça deles, chamando-lhes os "tolos de Abril", convidando-os para festas inexistentes a realizar no dia 1 de Abril e pregando-lhes as mais variadas partidas.
Esta tradição veio a estender-se para outras regiões da Europa, chegando, posteriormente, à América. Houve muitos órgãos de comunicação social que aderiram à comemoração, sendo tradicional eles incluirem, entre as notícias autênticas, uma que não passaria de um completo disparate, mais ou menos disfarçado, para assim testarem a perspicácia e credulidade dos seus leitores, ouvintes ou tele-espectadores. Os jornais desportivos aproveitam-se para anunciar a "venda" jogadores inegociáveis de um clube a um outro, preferencialmente um rival que cause mais celeuma entre os adeptos...
Outra origem bem poderá encontrar-se no facto de o dia 01 de Abril ser o dia de homenagem ao Deus Pagão nórdico Loki, que era o Deus das Brincadeiras e Partidas. Por ocasião das invasões bárbaras um pouco por toda a Europa, pensa-se que este costume terá sido adoptado, mas quando o Cristianismo tomou conta do continente europeu, esse Deus Pagão veio a ser derrubado e o costume deixou de ter cariz religioso, passando a ser apenas um acontecimento meramente folclórico.

Caminhos de vida

Cada Primavera que chega, é um Inverno que deixa para trás, com o seu cotejo de lágrimas de alegria... ou de tristeza, as marcas indeléveis de chuvas torrenciais, tempestades que tudo levam na voragem do tempo, porque a da vida já não faz parte do rol de esperanças... para aqueles que se viram inundados, levados nas enxurradas, submersos na calamidade que se torna quase um lugar comum quando falamos dessa estação do ano... que até nem é tão triste assim, pois é nela que comemoramos o Natal, renovamos a esperança do novo ano que nasce, colocamos o nosso melhor disfarce para receber el-Rei Momo, aliás o Entrudo, que quer dizer Carnaval!

Quando começam as árvores a florir, os campos a verdejar, o sol a aquecer um pouco mais, sabemos que temos a Primavera à porta, é uma certeza, mas é também nesse período que vivemos um tempo que nos convida à reflexão, a fazer o nosso juízo daquilo que tem sido o nosso quotidiano, porquanto a Quaresma é um tempo de mudança por excelência, de reconciliação connosco próprios e com aqueles que nos rodeiam!

Não só porque está próxima a Páscoa, mas porque os nossos dias vão correndo para aquele dia que o Senhor de todas as coisas nos determinou fosse o último vivido neste vale de lágrimas... sem que nos desse qualquer pista de quando será esse dia. Apenas nos alerta: "ESTAI ATENTOS!", e isso nos deverá bastar para mudar de vida, viver a vida em plenitude, sempre com a certeza de que fazemos o melhor por nós e pelos outros, na amizade com Deus.

A Primavera mostra-nos todas as belezas que Deus criou para nós: as andorinhas que nos enchem os beirais e voam, velozes, mostrando que estão alegres porque voltaram; os campos que se enchem de malmequeres, de flores multicores, de árvores que mais parecem cobertas de neve, na alvura das flores que aspiram a ser frutos; de gorjeios das aves, que fazem os ninhos nos arvoredos, nas águas dos riachos e dos ribeiros desaguando nos rios, enquanto estes dirigem a sua corrente para a foz!

Nas montras, vêem-se mil cores de amendoas a aguardar quem as mande colocar em pacotes finos, como oferta para os afilhados, as namoradas, os amigos...

Nas igrejas tudo se prepara para o grande Domingo, aquele dia em que o Senhor venceu a morte e voltou, triunfante, com uma mensagem de salvação para todo o género humano: "ALELUIA! CRISTO RESSUSCITOU! RESSUSCITAI COM ELE! ALELUIA!".

É com o pensamento na mudança que estou a escrever este texto! Se não somos capazes de mudar a nossa relação com os outros, jamais entenderemos o porquê da Quaresma, da transição entre Estações do Ano, o valor da solidariedade... mas, o que é pior, nunca seremos merecedores daquele sacrifício bíblico de um Homem bom que dá a vida pelo seu semelhante e nos interroga de uma forma constante sobre o que é a verdade! Que lhe respondemos?

DIA DE SÃO JOSÉ... DO PAI...

No dia 19 de Março comemora-se o Dia de São José e o Dia do Pai! É uma data importante no conceito dos cristãos, porque comemora o Pai adoptivo de Jesus Cristo, mas também assaz importante para todas as comunidades, porque é um dia especialmente dedicado aos pais.

O culto a São José começou, provavelmente, no Egito, estendendo-se mais tarde para Ocidente, onde tem hoje grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX proclamou São José "O Patrono da Igreja Universal" e foi então que passou a ter o culto no dia 19 de março.
Apesar da sua enorme importância dentro da Igreja Católica, São José não é muito citado dentro das fontes bibliográficas da Igreja, pois só é mencionado nos Evangelhos de S. Lucas e S. Mateus.
São José, descendente de Davi, era carpinteiro na Galiléia e tinha um compromisso com com uma jovem de nome Maria.

Segundo a tradição popular, a mão de Maria tinha muitos pretendentes, mas foi a José que ela foi concedida.
Quando Maria recebe a anunciação do anjo Gabriel de que daria à luz o Menino Jesus, José ficou bastante confuso, porque apesar de não ter tomado parte na gravidez, confiava na fidelidade dela. Resolveu, então, terminar o noivado e deixá-la secretamente, sem comentar nada com ninguém. Porém, em sonhos, um anjo do Senhor apareceu-lhe e disse-lhe que o Menino era o Filho de Deus e que ele deveria manter o casamento.
José esteve ao lado de Maria em todos os momentos, principalmente na hora do parto, que aconteceu num humilde estábulo, em Belém.
Quando Jesus fez dois anos, José foi novamente avisado por um anjo para fugir de Belém para o Egito, porque todas as crianças do sexo masculino estavam condenadas ao extermínio, por ordem de Herodes.
José, Maria e Jesus fugiram então para o Egito e ali permaneceram até que um anjo o avisou da morte de Herodes.
Temendo o sucessor do tirano, São José levou a familia para Nazaré, uma cidade da Galiléia.
Um outro momento da vida de Cristo em que José mostra a sua condição de guardião de Jesus é na celebração da Páscoa Judaica, em Jerusalém, quando Jesus tinha 12 anos.
Na companhia de alguns dos seus vizinhos, José e Maria voltavam à Galiléia, com a certeza de que Jesus estaria no meio do grupo.
Quando chegou a noite e não tendo notícias do seu filho, regressaram a Jerusalém e fazem uma busca que durou 3 dias.
Para surpresa de Maria e José, Jesus foi encontrado no templo no meio dos doutores da lei mais eruditos, explicando-lhes coisas sobre as Escrituras que o deixavam admirados.

São José é um dos santos mais populares da Igreja Católica, tendo sido proclamado "protetor da Igreja católica romana"; por seu ofício, "padroeiro dos trabalhadores" e, pela fidelidade a sua esposa, como "padroeiro das famílias", sendo também padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo.

É lógico que apenas no seu dia se poderia comemorar o DIA DO PAI, pois é também exemplo para estes.

TENHAM UM BOM DIA DO PAI!

UM DIA DE AZAR... OU SORTE?

A crença de que o dia 13, ao coincidir com uma sexta-feira, é um dia de azar, é a superstição mais arreigada no espírito dos cristãos. Existem algumas explicações para essa crença, e a mais forte delas, segundo os entendidos, é o fato de Jesus Cristo ter sido crucificado numa sexta-feira e, quando da sua última Ceia, estarem 13 pessoas sentadas à mesa: Ele e os seus 12 Apóstolos.
Mas muito mais antigas , porém, são as duas versões extraídas das lendas da mitologia nórdica. Na primeira versão, conta-se ter havido um banquete para o qual foram convidados 12 deuses . Loki, o espírito do mal e da discórdia, resolveu aparecer no banquete sem ser convidado... e logo tratou de armar uma confusão enorme, que só terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí surgiu a crença de que convidarem-se 13 pessoas para um jantar prefigura uma desgraça, com toda a certeza.
Segundo reza outra lenda, a deusa do amor e da beleza era Friga (que originou a palavra friadagr = sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga numa bruxa. Como forma de vingança, ela passou a reunir-se, todas as sextas, com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 entretinham-se então a rogar pragas aos humanos.
A crença na má sorte do número 13 parece ter tido originada na Sagrada Escritura. Mas esse testemunho, porém, é entendido tão arbitrariamente que o mesmo algarismo, em vastíssimas regiões do planeta - incluíndo os países cristãos - é bastante estimado como o símbolo de boa sorte.

O argumento dos otimistas baseia-se no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este o símbolo de próspera sorte. Assim, na Índia, o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, não é raro verem-se os dísticos místicos dos templos estarem encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como qualquer coisa de santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas.

Falando agora da civilização cristã, lembramos que nos Estados Unidos o número 13 goza de muita estima, porque eram 13 os Estados que constituíam inicialmente a Federação norte-americana. Além disso, o lema latino da Federação, "E pluribus unum" (de muitos se faz um só), é composto por 13 letras; a águia norte-americana está revestida de 13 penas em cada asa.

PARA LEMBRAR...

mãe mulher

*
Um garotito perguntou a sua mãe:

- Mamã , por que estás a chorar?

E ela respondeu:- Porque sou mulher...

- Mas... eu não entendo.

A mãe inclinou-se para ele, abraçou-o e disse:

- Meu amor, tu jamais irás entender!

Mais tarde, o menino perguntou ao pai:

- Paizinho, porque a mamã às vezes chora sem motivo?

- Todas as mulheres choram sempre sem motivo...

Era só o que o pai era capaz de responder...

O garoto cresceu e tornou-se homem.

E, de vez em quando, fazia a si mesmo a pergunta:

"por que será que as mulheres choram, sem motivo para isso?"

Certo dia esse homem ajoelhou-se e perguntou a Deus:

- Senhor, dizei-me... porque as mulheres choram com tanta facilidade?

E Deus disse-lhe:- Quando eu criei a mulher,

tinha que fazer algo muito especial.

Fiz os seus ombros suficientemente fortes,

capazes de suportar o peso do mundo inteiro...

porém suficientemente suaves para confortá-lo.

Dei à mulher uma imensa força interior

para que pudesse suportar as dores da maternidade

e também o desprezo que muitas vezes provem de seus próprios filhos!

Dei-lhe fortaleza que permite continuar sempre a cuidar da família,

sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço,

mesmo quando outros entregam os pontos!

Dei-lhe sensibilidade para amar seus filhos,

em qualquer circunstância,

mesmo quando esses filhos a tenham magoado muito...

Essa sensibilidade permite-lhe afugentar qualquer tristeza,

choro ou sentimento da criança,

e compartilhar as ansiedades,

dúvidas e medos da adolescência!

Porém, para que possa suportar tudo isso, meu filho...

eu dei-lhe as lágrimas, e são,

exclusivamente,

para usar quando precisar.

Ao derramá-las, a mulher verte,

em cada lágrima,

um pouquinho de amor.

Essas gotas de amor desvanecem-se no ar

e salvam a humanidade!

O homem respondeu, com um profundo suspiro...

- Agora sim, compreendo o sentimento de minha mãe,

de minha irmã,

de minha esposa...

*

Autor anónimo