09/08/09

Fisolofando...

Pintura a óleo " A MORTE DE SÓCRATES"
*
Sabe-se que a palavra "filosofia", originada do grego "φιλοσοφία", provém da união da palavra "philia" = φιλία, e significa "amizade", "amor fraterno" e "respeito entre os iguais", com a palavra "sophia" = σοφία, a significar "sabedoria" ou "conhecimento".
Derivante de "sophia", vamos encontrar a palavra "sophos" = σοφός , para nos designar aquele que é "sábio" ou "instruído".
Filosofia significa, portanto, "amizade pela sabedoria", "amor" e "respeito pelo saber", porque o "filósofo" será aquele que ama e busca a sabedoria, que tem amizade pelo saber, que deseja o saber.
Na tradição é atribuida ao filósofo Pitágoras de Samos, que viveu no século V antes de Cristo, a criação da palavra filosofia.
Filosofia é o indicador de um estado de espírito: o da pessoa que ama, ou seja, que deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita.
Para alguns autores, a palavra « philosophía » não será uma construção moderna a partir do grego, mas sim um empréstimo dela mesma à língua grega .
Os termos "φιλοσοφος" = «philosophos» e "φιλοσοφειν" = «philosophein» podem-se encontrar devidamente documentados junto aos pré-Socráticos Heráclito, Antífones, Górgias e Pitágoras, tal como junto a outros pensadores como o foram Tucídide ou Heródoto, mas a "φιλοσοφία" = «philosophía» deve a sua paternidade a Platão, o qual de fato se tornou, num sinônimo de "φιλομαθια" = «filomatia».
Historicamente, a filosofia é conhecida por ser algo difícil de definir com precisão, não conseguindo a maioria das definições, se não todas, cobrir tudo aquilo a que chamamos filosofia.
Existem outros modos para se chegar a uma concepção da filosofia, mesmo que não haja uma definição, pois à falta de uma definição "definitiva", as introduções à filosofia apostam, geralmente, para a apresentação de uma lista de discussões e problemas filosóficos, e uma lista de questões não filosóficas.
Algumas das questões filosóficas incluem, por exemplo, as eternas perguntas "O que é o conhecimento?"..., "Será que o homem pode ter livre arbítrio?"..., "Para que serve a ciência?" ou, até mesmo, "O que é a filosofia?".
As formas para se poder responder a estas questões não é, de forma nenhuma, uma forma científica, política ou religiosa, nem se trata de uma investigação sobre o que a maioria das pessoas pensa, ou do senso comum. Envolve, antes do mais, um exame dos conceitos relevantes, e das suas relações com outros conceitos ou teorias.
O método da listagem de discussões e problemas filosóficos tem sempre a sua limitação, e o limite, é o próprio ser. Por si só, o método não permitirá que se possa vêr aquilo que unifica os debates e as discussões. Será talvez por isso que os filósofos não costumam fazer apelo a esse método. Ao invés disso, apresentam imagens da filosofia.
Falar de filosofia é sempre um desafio interessante... e eu irei voltar ao tema.
Do que há para dizer... quanta coisa para descobrir!

Sem comentários:

Enviar um comentário