Por vezes, ainda que o não queira, dou comigo a interrogar-me: - O que nos acontece depois que morremos ? Será possível voltar-se a este mundo ? Talvez haja mais de dois terços da população mundial, das mais diversas confissões religiosas, a acreditarem que sim, mas a moderna ciência continua a persistir na rejeição dessa ideia.
Perguntará alguém: - existem ou não provas científicas sobre vidas passadas? A resposta poderá vir a ser encontrada num grupo de crianças que alguns cientistas, especialistas nas mais diversas áreas do saber, têm vindo a estudar. São crianças, ainda muito jovens, que manifestaram memórias extremamente vivas de existências e mortes, experiências das vidas vividas anteriormente à vida que actualmente vivem . Crianças que têm fornecido surpreendentes detalhes sobre algumas pessoas que jamais poderiam ter conhecido, sobre lugares em que nunca estiveram ou sobre factos que nunca terão presenciado, pelo menos nesta vida.
Um caso alerta os meus sentidos para algumas evidências. Ora atentai nele: - É um jovem casal. Conheceram-se em Israel ainda Cristo era vivo. Ela despediu-se dele junto ao Muro das Lamentações e foi com uma tristeza profunda e em pranto que o fez, deixando então a promessa selada de que um dia se irão reencontrar. Combinaram então os sinais com que se irão identificar, como os gestos soltos, os toques de mãos, os olhares misteriosos e algumas senhas bastante elaboradas e de natureza oculta, como se pertencessem a uma irmandade secreta.
A vida dela, tal como a dele, andou desencontrada durante existências infindas. Peregrinaram pela terra absolutamente sózinhos, mas em rotas diferentes, nela se perdendo vezes sem conta, sendo no universo os nómadas de si mesmos, que tentavam aparentar ser felizes, ser trágicos... e continuaram a tentar... a tentar... a tentar.
Ela procurou-o de um modo incansável, usando para tanto a varinha mágica, os mapas astrais, as bolas de cristal, o tarot, a cartomância... e tantas outras coisas mais.
E quando já tinha lançado todas as cartas e apenas lhe restava uma pequenina réstia de esperança, apenas uma pequena luz que lhe viesse dar ânimo ao espírito, viu-o lá bem no alto de uma torre... e soube-o instantâneamente, sem que fosse necessária uma parafernalia elaborada de indícios.
Bastou-lhe apenas um olhar de relance, e ela reencontrou, finalmente, alguém que se manteve imutável no tempo, pois quando o encontrou junto ao Muro das Lamentações, em Jerusalém nos tempos de Cristo, ela era apenas uma jovem, que ainda estava na transição da criança para a mulher... e eis que agora, no momento do reencontro, quase dois mil anos após, ela continua a ser a mesma jovem, saída da puberdade e em vias de se tornar naquilo que já então sentiu no peito: - Uma mulher feliz porque, finalmente, achou o porquê do seu reencontro com a vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário