Nascido a 24 de Junho de 1360, no Castelo de Cernache do Bonjardim, aos 13 anos já fazia parte do séquito do rei D.Fernando, tendo sido armado Cavaleiro.
Por obediência a seu pai, casou com uma rica dama de Entre-Douro-e-Minho, D. Leonor de Alvim. Deste casamento nasceu uma filha: Dona Beatriz.
Após a morte de D. Fernando e porque a filha deste era casada com o rei de Espanha, sentindo ameaçada a independência nacional, começa uma actividade política.
Convidado pelo Mestre de Avis, foi eleito Regedor e Defensor do Reino.
Após haver vencido várias batalhas (...Atoleiros, Aljubarrota...), e tendo já enviuvado, lança então mãos à construção do Convento do Carmo, em Lisboa.
Em 1422 partilhou os seus bens e foi professar no Convento do Carmo no dia 15 de Agosto do ano seguinte, dia de Nossa Senhora da Assunção.
Totalmente desprendido de todas as ambições terrenas e frivolidades mundanas, entregou-se por completo à adoração e serviço de Deus, tornando-se apenas no humilde e feliz Frei Nuno de Santa Maria.
Em 1918 foi aprovado e reconhecido o culto do Santo Condestável.
O agora proclamado Santo, casou-se na igreja de Santa Maria de Pedraça, no concelho de Cabeceiras de Basto, terra onde passou uma parte da sua juventude.
Dizem alguns historiadores, que terá sido aqui queveio a recrutar uma grande parte dos soldados que com Ele combateram em Aljubarrota, contra os Castelhanos.
O Beato Nuno de Santa Maria é sinónimo de humanidade, fraternidade, verdade, humildade e dignidade. O seu exemplo representa a vitória do Bem sobre o Mal.
É uma referência universal que terá levado o Papa Bento XV a declarar que o Beato Nuno servia de modelo aos militares que combateram na I guerra mundial.
D. Duarte, sete anos após a morte de D. Nuno, em 1431, solicitou ao Papa a canonização do Condestável evocando o seu extraordinário exemplo de bondade e devoção aos pobres.
D. Duarte, sete anos após a morte de D. Nuno, em 1431, solicitou ao Papa a canonização do Condestável evocando o seu extraordinário exemplo de bondade e devoção aos pobres.
A fama de milagreiro do Santo Condestável era bastante grande, conforme escrito nas “Chronicas dos Carmelitas” que referem terem-lhe sido atribuídas 21 curas de cegueira, 21 de surdez, 24 de paralisia e 18 de doenças internas.
Uma cura actual, alegadamente milagrosa, de uma vista queimada com azeite a ferver, foi a peça que faltava para a conclusão da canonização do Beato Nuno de Santa Maria, que no próximo dia 26 de Abril é canonizado como São Nuno de Santa Maria.
Este novel Santo é muito conhecido e venerado em Portugal, sendo também invocado além fronteiras.
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