
»»» Por volta do ano de 1760 a.C., um pequeno clã, conduzido por Abraão, instala-se no País de Canaã, entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo. Nesta Terra Santa - parte daquela que será chamada a Palestina - os Hebreus viviam como nómadas, sob a condução de "patriarcas". Abraão - o "Pai dos crentes" que abandonara Ur, na Mesopotâmia, seguindo o apelo do Deus único - e os seus descendentes, Isaac e Jacob. Perseguidos pela fome, estabelecem-se no Egipto, beneficiando das funções que José, um dos filhos de Jacob, exercia junto do Faraó. Mas esta mudança vem a transformar-se, em breve, numa feroz escravatura, difícil de suportar
»»»A alma da resistência, no momento, é Moisés, que se tornará em instrumento da libertação do Povo por Iavé. Esta saída do Egipto , o Êxodo, que se efectuou por volta do ano 1250 a.C., segue-se à recusa das autoridades Egípcias em anuir a que os Hebreus celebrassem ou fizessem qualquer sacrifício em honra de Iavé. Pelos prodígios que antecederam a passagem do Mar Vermelho, que foram as dez pragas do Egipto, ficará na memória colectiva do Povo como uma epopeia que glorifica Iavé e Moisés. Esta passagem do Mar Vermelho deu azo à instituição solene da maior festa do Judaísmo: A PÁSCOA - que em Hebraico é pessab ou passagem - cuja celebração anual significa o verdadeiro nascimento da Nação Hebraica.
»»» Os Hebreus levam uma vida de transumância durante vários anos, na região do Sinais, onde recebem a sua Lei, a Tora, e fazem uma solene Aliança com o seu Deus. Esta paragem no deserto, marcada pela figura e pelo papel de Moisés, será decisiva para instaurar a religião Hebraica.
»»» Sob a condução de Josué e depois de uma conquista longa e difícil, o Povo hebraico instalou-se (entre 1220 e 1200 a.C., aproximadamente), em Canaã, o "país onde corre o leite e o mel". Aqui, dividindo o território pelas tribos que foram consideradas descendentes de Jacob-Israel, constitui-se como nação e estabelece uma democracia tribal.
(continua)