---Qual a causa dos sonhos? Porque são os sonhos tão estranhos? Por que são tão fifíceis de recordar? Uma verdadeira ciência dos sonhos requer uma definição fiável que possa levar a uma identificação segura desse estado e de métodos para avaliar as suas propriedades. Durante o estudo das funções cerebrais, que levou à suspeita de que a causa dos sonhos seria a activação do cérebro durante o sono, compreendemos que a forma mais científicamente válida de definir e avaliar os sonhos seria centrarmo-nos nas suas características formais em vez de no seu conteúdo - com isto entendam-se as qualidades perceptivas (como aprendemos), cognitivas (como pensamos) e emocionais (como sentimos) dos sonhos , independentemente dos detalhes das suas histórias e cenários individuais.
---Esta alteração radical de perspectiva, da análise do conteúdo para a análise formal, exemplifica aquilo a que os cientistas chamam uma mudança de paradigma (uma mudança abrupta de modelo ou teoria). Através de uma abordagem formal, descobrimos uma forma totalmente nova e diferente de olhar para um fenómeno familiar. Enquanto os anteriores estudiosos dos sonhos perguntavam, invariávelmente, "QUE SIGNIFICA O SONHO?", nós perguntamos quais são as características mentais dos sonhos que os distinguem da actividade mental desperta. Com isso não estamos a afirmar que o conteúdo dos sonhos não é importante, informativo ou mesmo interpretável. De facto, cremos que os sonhos possuem todas estas propriedades, mas é já indiscutível que muitos dos aspectos dos sonhos previamente tidos como psicológicamente significativos, distintos e interpretáveis são menos reflexos das mudanças nos estados cerebris relacionadas com o sono que começaremos e detalhar lá mais para diante.
---Passemos a uma análise em que faremos uma definição abrangente, geral e inquestionável dos sonhos: actividade mental que ocorre durante o sono. Mas que tipos de actividade mental ocorrem durante o sono? Muitos tipos diferentes, como por exemplo:
---RELATO 1 - "Logo que adormeci, senti-me em movimento, tal como o mar abanava o nosso barco, quando hoje estive a pescar!"
---RELATO 2 - "Pensava insistentemente no exame próximo e sobre as matérias que nele viriam. Não dormi bem porque estava constantemente a acordar e insistentemente a regressar às mesmas inquietações sobre o exame.".
---RELATO 3 - " Estou empolado no alto de uma montanha íngreme, o vazio estende-se à minha esquerda. Enquanto o grupo de trepadores contorna o trilho à direita, encontro-me de repente numa biciclete, que conduzo por entre os caminhantes. Torna-se evidente que estou a fazer um circuito fechado em torno do pico (nesta altura) mantendo-me sobre um relvado. Existe, da facto, uma superfície relvada, tratada, que se estende entre as rochas e as escarpas.".
---Todos estes relatos se podem considerar sonhos, de acordo com a definição mais abrangente, embora sejam muito diferentes uns dos outros e cada um seja característico do tipo de sono em que foi experênciado.
---Não vos pretendo deixar capazes de ir sonhar com as explicações interpretativas que estes três sonhos merecem, mas vamos esperar pelo próximo escrito, onde prometo que o irei fazer, com todo o prazer que me dá dar-vos conta destas coisas da mente, do subconsciente ou daquilo que queiram chamar aos sonhos.
---Quando sonho com a titular deste blogue... acreditem que sei exactamente porque tal acontece, porque o amor nunca engana, não sabiam?--
Numa das voltas pela blogosfera entrei no V/ blog. Estou lendo com interesse. Voltarei.
ResponderEliminarmuito bom essa mensagem eu andei pensando mais e ate que entedi um pouco sobre o sonho
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