Nossa Senhora da Saúde, que se venera em Lisboa na sua Ermida sita em pleno coração de Lisboa, na Mouraria, é bastante anterior ao século XVI, sendo a Procissão em honra da Virgem instituída apenas em 1570, num ano em que a capital estava dizimada pela peste e a população, em desespero, pediu intervenção divina para parar a doença.
Os artilheiros de São Sebastião, que ocupavam a pequena Ermida, fizeram um voto a Nossa Senhora para que esta terminasse a peste, coisa que veio a contecer pouco depois.
Como agradecimento, foi instituída a devoção e a procissão em honra de Nossa Senhora da Saúde, que se realizou pela primeira vez no dia 20 de Abril de 1570, com a saída da imagem do Colégio dos Meninos Órfãos.
Os artilheiros de São Sebastião, que ocupavam a pequena Ermida, fizeram um voto a Nossa Senhora para que esta terminasse a peste, coisa que veio a contecer pouco depois.
Como agradecimento, foi instituída a devoção e a procissão em honra de Nossa Senhora da Saúde, que se realizou pela primeira vez no dia 20 de Abril de 1570, com a saída da imagem do Colégio dos Meninos Órfãos.
Esta tradição foi mantida até 1661, ano em que, por desentendimentos, a imagem ficou perpetuamente depositada na Ermida de São Sebastião, que assim mudou o nome para Ermida de Nossa Senhora da Saúde, unindo-se as duas Irmandades, que passaram a designar-se, desde 1662, por Irmandade da Senhora da Saúde e São Sebastião.
A Procissão era composta pelos andores, os representantes do Senado da Câmara, o Cabido, as Irmandades, os vários Regimentos que sempre se fizeram representar, cabendo aos Oficiais de Artilharia o transportar o andor da Imagem em ombros.
Saía a Procissão da Ermida da Mouraria, passava pela Igreja da Madalena, Sé, Igreja de São Domingos e regressava de novo à Ermida, onde recolhia a Imagem, que se apresentava com vestidos e mantos nupciais oferecidos pelas rainhas, como ainda hoje sucede com o vestido de casamento da Rainha Dona Maria Ana de Austria, a mulher de D. João V (1706-1750).
Saía a Procissão da Ermida da Mouraria, passava pela Igreja da Madalena, Sé, Igreja de São Domingos e regressava de novo à Ermida, onde recolhia a Imagem, que se apresentava com vestidos e mantos nupciais oferecidos pelas rainhas, como ainda hoje sucede com o vestido de casamento da Rainha Dona Maria Ana de Austria, a mulher de D. João V (1706-1750).
A fechar a procissão seguia sempre um grupo de penitentes, aristocratas e povo, com velas e oferendas para cumprimento de promessas e agradecimento à Virgem pela sua saúde e pelas graças recebidas.
Para além de Nossa Senhora, também ia na procissão a imagem de São Sebastião, que era igualmente advogado das doenças, além de ser o primitivo orago da Ermida.
A procissão fez-se até 1910, altura em que foi interrompida pela República, vinda apenas a retomar-se esta devoção em 1940, para nova interrupção motivada pela Revolução do 25 de Abril de 1974, sendo retomada apenas em 1981.
A procissão agora incorpora as imagens de Santa Bárbara, Santo António, São Sebastião e Nossa Senhora da Saúde, percorrendo a Rua da Mouraria, Rua do Benformoso, Largo do Intendente, Rua dos Anjos, Avª. Almirante Reis, Rua da Palma, Rua D. Duarte, Praça da Figueira, Rua dos Condes de Monsanto, Poço do Borratém e Rua do Arco do Marquês de Alegrete.
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