Ainda estamos no período natalício, pois costuma dizer-se que "até aos Reis ainda é Natal". Na verdade, se com o Advento se iniciou a preparação para a chegada de Deus humanado a este mundo por Ele suscitado do nada, nada nos impedirá de continuar a reflectir tudo o que se sucede neste período de deslumbramento e alegria que se pode ver nos rostitos das crianças que foram abençoadas com mil e uma guloseimas, farta mesa e brinquedos de fazer sonhar, em contraste com a desilusão e a tristeza daqueles que não tiveram Natal por imensidades de razões... a que não podemos tirar a sempre temível praga do desemprego, que tem maior impacto quase sempre no período das festas.
Para complicar mais as coisas, o senhor Inverno aí está, de armas e bagagens, para fazer valer os seus direitos de suzerano durante os três meses que lhe são reconhecidos como direito inalienável... se bem que ele se "balde" muitas vezes e nos dê umas tréguas de quando em vez! E como somos umas pessoas muito esquecidas das benesses que nos são concedidas, toca a fazer queixinhas de que o Inverno é isto e aquilo... apenas porque cumpre a sua função no tempo!
No entanto... é complicado aceitar-se que a beleza das coisas possa ser motivo de choro, como acontece quando o Inverno nos envia inundações, tempestades, tufões, ventos ciclónicos, queda de granizo ou neve, chuvas torrenciais, raios e coriscos, morte, destruição, frio, dôr, tragédias de todo o feitio e para todos os gostos!
Além do mais, ainda temos de contabilizar os acidentes por causa de todas estas frutas do tempo, pois o Inverno gosta de exigir das pessoas o tributo pelas festas de Natal e Fim de Ano, porque se na Festa da Família esta se encontra de costas voltadas; se no Dia Mundial da Paz os Povos se encontram a terçar armas entre si; se os "homens de boa vontade", cantados pelos Anjos, preferem espatifar-se nas correrias loucas que disputam contra o tempo e a falta de lucidez provocada pelo álcool ou outros meios inibidores de discernimento para fazerem aquilo que é necessário!
O Novo Ano deveria ser o tempo para se iniciar a marcha pela felicidade, que é possível e desejável! É este o tempo para meditar naquilo que queremos para a nossa vida num amanhã que se aproxima vertiginosamente, pois o amanhã começa hoje e a manhã já faz parte do passado!
Estes tempos de Inverno podem ser o Princípio e o Fim de tudo! Basta estar-se atento aos sinais que a vida nos dá no quotidiano!
sAUDADES DE PASSAR POR AQUI
ResponderEliminarUM BEIJO
ALMA
Alma parada…
Alma dormida…
E assim…
Nem sei o que sou…
Não sei o que sou…
Não sei o que quero…
Mas sei…
O que queria ser…
E sei…
O que quero…
Mas quero…
O que não quero…
E então
Fico-me neste dilema…
De saber…
Mas não saber…
Nem o que sou…
Nem o que quero…
Lili Laranjo