31/01/10

A República faz 100 anos...



Uma imagem da República...
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O País iniciou hoje, na cidade do Porto, a comemoração do centenário da República, implantada a 5 de Outubro de 1910 por um grupo que comungava o ideal republicano e estava ligado à Maçonaria e à Carbonária, grupos que tiveram acção preponderante quando, 2 anos antes, fizeram o regicídio na pessoa do rei D. Carlos e do Principe herdeiro, D. Luis Filipe.
O rumo ideológico do republicanismo português de há muito estava traçado, através das obras de José Félix Henriques Nogueira, acontecendo poucas alterações ao longo dos anos, exceptuando-se no que respeita à posterior adaptação às realidades do país. Nesse sentido houve o contributo das obras de Teófilo Braga, que procurou conseguir algumas idéias mais descentralizadoras e federalistas, com o abandono dos ideais socialistas em detrimento de doutrinação mais democrática.
Com esta mudança ele pretendia não antagonizar a pequena e média burguesia, que poderia tornar-se numa das principais bases da militância republicana. Mas o abandono dos interesses do proletariado, no entanto, viriam causar muitos dissabores e dificuldades á Primeira República Portuguesa.
A revolução de 5 de Outubro tinha também como finalidade o fazer-se o derrube da monarquia e matar os macacos, o que consideravam uma mística messiânica, unificadora, nacional e acima das classes. Seria o remédio que deveria curar por uma vez todos os males da Nação, reconduzindo-a à glória. Eram acentuandas cada vez mais duas vertentes fundamentais: o nacionalismo e o colonialismo, resultando desta combinação o abandono do Iberismo, que estava patente nas primeiras teses republicanas de José Félix Henriques Nogueira, que identificava monárquicos e monarquia com antipatriotismo e cedência aos interesses estrangeiros.
Outro componente muito forte da ideologia republicana era o anticlericalismo, teorizado por Teófilo Braga, que identificava a religião com o atraso científico e força que se opunha ao progresso, por oposição aos republicanos, que eram considerados como uma vanguarda identificada com a ciência e o progresso. Resta dizer que também este modo de se dissociarem dos sectores mais conservadores da população viria a ser um grave entrave à República.
Convenhamos que o caminho seguido pela 1ª. República não foi dos mais conseguidos, em termos democráticos, científicos e progressistas, especialmente para o Povo mais humilde, que se viu devotado à mais terrível das misérias, até pela entrada de Portugal na 1ª. Guerra Mundial, que obrigou o País ao racionamento.
Mas não vamos agora analisar o que foram os primeiros tempos da República, porque o tempo agora é de... festa!

15/01/10

Terramoto no Haiti

É tempo de ser solidário!
O Palácio Presidencial antes...
... e depois do terramoto!
No dia 12 do mês decorrente, um terramoto de proporções catastróficas, com a magnitude 7.0 graus na escala de Richter, atingiu o Haiti, a aproximadamente 22 quilómetros da capital, Port-au-Prince. Logo de seguida, fizeram-se sentir na área múltiplos tremores com uma magnitude que rondou os 5.9 graus.

Imagem da destruição
O palácio presidencial, várias escolas, hospitais e outras construções ficaram completamente destruídos terremoto. O número de mortos ainda não é conhecido com precisão, apesar de haver fontes noticiosas que afirmam poderem estes chegar aos 100 mil. Muitos países já disponibilizaram recursos em dinheiro, meios humanos e bens de primeira necessidade para amenizar o sofrimento do país que é considerado o mais pobre do hemisfério ocidental.

Nas ruínas, procuram-se sobreviventes

O presidente norte americano Barack Obama, afirmou logo após a tragédia geológica, que o povo haitiano não iria ser esquecido, obrigando deste modo a comunidade internacional a refletir sobre a responsabilidade daqueles países que desde sempre exploraram e abandonaram o Haiti.

Sobrevivente!
Perante a tragédia, o mundo mostra toda a sua solidariedade!

04/01/10

MEDITANDO...

Ainda estamos no período natalício, pois costuma dizer-se que "até aos Reis ainda é Natal". Na verdade, se com o Advento se iniciou a preparação para a chegada de Deus humanado a este mundo por Ele suscitado do nada, nada nos impedirá de continuar a reflectir tudo o que se sucede neste período de deslumbramento e alegria que se pode ver nos rostitos das crianças que foram abençoadas com mil e uma guloseimas, farta mesa e brinquedos de fazer sonhar, em contraste com a desilusão e a tristeza daqueles que não tiveram Natal por imensidades de razões... a que não podemos tirar a sempre temível praga do desemprego, que tem maior impacto quase sempre no período das festas.
Para complicar mais as coisas, o senhor Inverno aí está, de armas e bagagens, para fazer valer os seus direitos de suzerano durante os três meses que lhe são reconhecidos como direito inalienável... se bem que ele se "balde" muitas vezes e nos dê umas tréguas de quando em vez! E como somos umas pessoas muito esquecidas das benesses que nos são concedidas, toca a fazer queixinhas de que o Inverno é isto e aquilo... apenas porque cumpre a sua função no tempo!
No entanto... é complicado aceitar-se que a beleza das coisas possa ser motivo de choro, como acontece quando o Inverno nos envia inundações, tempestades, tufões, ventos ciclónicos, queda de granizo ou neve, chuvas torrenciais, raios e coriscos, morte, destruição, frio, dôr, tragédias de todo o feitio e para todos os gostos!
Além do mais, ainda temos de contabilizar os acidentes por causa de todas estas frutas do tempo, pois o Inverno gosta de exigir das pessoas o tributo pelas festas de Natal e Fim de Ano, porque se na Festa da Família esta se encontra de costas voltadas; se no Dia Mundial da Paz os Povos se encontram a terçar armas entre si; se os "homens de boa vontade", cantados pelos Anjos, preferem espatifar-se nas correrias loucas que disputam contra o tempo e a falta de lucidez provocada pelo álcool ou outros meios inibidores de discernimento para fazerem aquilo que é necessário!
O Novo Ano deveria ser o tempo para se iniciar a marcha pela felicidade, que é possível e desejável! É este o tempo para meditar naquilo que queremos para a nossa vida num amanhã que se aproxima vertiginosamente, pois o amanhã começa hoje e a manhã já faz parte do passado!
Estes tempos de Inverno podem ser o Princípio e o Fim de tudo! Basta estar-se atento aos sinais que a vida nos dá no quotidiano!