Uma imagem da República...
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O País iniciou hoje, na cidade do Porto, a comemoração do centenário da República, implantada a 5 de Outubro de 1910 por um grupo que comungava o ideal republicano e estava ligado à Maçonaria e à Carbonária, grupos que tiveram acção preponderante quando, 2 anos antes, fizeram o regicídio na pessoa do rei D. Carlos e do Principe herdeiro, D. Luis Filipe.
O rumo ideológico do republicanismo português de há muito estava traçado, através das obras de José Félix Henriques Nogueira, acontecendo poucas alterações ao longo dos anos, exceptuando-se no que respeita à posterior adaptação às realidades do país. Nesse sentido houve o contributo das obras de Teófilo Braga, que procurou conseguir algumas idéias mais descentralizadoras e federalistas, com o abandono dos ideais socialistas em detrimento de doutrinação mais democrática.
Com esta mudança ele pretendia não antagonizar a pequena e média burguesia, que poderia tornar-se numa das principais bases da militância republicana. Mas o abandono dos interesses do proletariado, no entanto, viriam causar muitos dissabores e dificuldades á Primeira República Portuguesa.
A revolução de 5 de Outubro tinha também como finalidade o fazer-se o derrube da monarquia e matar os macacos, o que consideravam uma mística messiânica, unificadora, nacional e acima das classes. Seria o remédio que deveria curar por uma vez todos os males da Nação, reconduzindo-a à glória. Eram acentuandas cada vez mais duas vertentes fundamentais: o nacionalismo e o colonialismo, resultando desta combinação o abandono do Iberismo, que estava patente nas primeiras teses republicanas de José Félix Henriques Nogueira, que identificava monárquicos e monarquia com antipatriotismo e cedência aos interesses estrangeiros.
A revolução de 5 de Outubro tinha também como finalidade o fazer-se o derrube da monarquia e matar os macacos, o que consideravam uma mística messiânica, unificadora, nacional e acima das classes. Seria o remédio que deveria curar por uma vez todos os males da Nação, reconduzindo-a à glória. Eram acentuandas cada vez mais duas vertentes fundamentais: o nacionalismo e o colonialismo, resultando desta combinação o abandono do Iberismo, que estava patente nas primeiras teses republicanas de José Félix Henriques Nogueira, que identificava monárquicos e monarquia com antipatriotismo e cedência aos interesses estrangeiros.
Outro componente muito forte da ideologia republicana era o anticlericalismo, teorizado por Teófilo Braga, que identificava a religião com o atraso científico e força que se opunha ao progresso, por oposição aos republicanos, que eram considerados como uma vanguarda identificada com a ciência e o progresso. Resta dizer que também este modo de se dissociarem dos sectores mais conservadores da população viria a ser um grave entrave à República.
Convenhamos que o caminho seguido pela 1ª. República não foi dos mais conseguidos, em termos democráticos, científicos e progressistas, especialmente para o Povo mais humilde, que se viu devotado à mais terrível das misérias, até pela entrada de Portugal na 1ª. Guerra Mundial, que obrigou o País ao racionamento.
Mas não vamos agora analisar o que foram os primeiros tempos da República, porque o tempo agora é de... festa!