08/05/09

...ao sabor da pena...!

Quando o sol se põe no horizonte, gosto de ficar a vêr o mar, a dança das ondas que se vão sucedendo umas às outras, espelhando-se nelas os últimos reflexos dourados emanados pelo astro-rei!
O crepúsculo, que não será dos deuses mas tem a Mão de Deus, convida a meditar, a reflectir sobre a vida que fervilha sob as águas daquela vastidão imensa de oceano, como acontece também naqueles céus tão avermelhados, cujo colorido é tão diferente daquele azul que ainda à pouco se reflectia naquela mole líquida feita turbilhão constante, umas vezes murmurando, outras rugindo e outras ainda atroando os ares com gritos de uma fúria incontida, porque o vento as não deixa acalmar.
Lá longe, naquela linha onde parece acabar o mundo, uma sombra de algum navio fumegante vai passando, parecendo estar com pressa em chegar às terras do ocaso, talvez para não deixar fugir o calor benfazejo que parece ter ido de férias para países imaginários, onde o sol brilha...brilha...brilha...
Mas sei que o amanhã virá e com ele nascerá um novo dia! O sol voltará a iluminar toda a terra, os pássaros sulcam os ares e vão trinando lindos cantares que inebriam, tal como inebria o cheiro das flores que crescem no prado, onde apascenta, tranquilamente, um rebanho de ovelhas alvas como a neve!
Neste meu momento intimista, quem havia de dizer que me emociona a obra maravilhosa da Natureza? É que n'ela vejo toda a extensão da obra do Criador, não entendendo como é possível alguém não vêr ali a mão de Deus!
As aves voam... os peixes vão saltitando nas salsas ondas do mar, as pessoas vão regressando aos lares, procurando o justo descanso do guerreiro que findou a peleja do dia-a-dia. Um sino, algures na torre de uma igreja, toca as Trindades e eu vejo-me, mentalmente, a recitar as Avé- Marias!
No ocaso de um dia que findou, revejo o filme dos meus dias de esperança ou de angústia, de alegria ou de tristeza! Vejo como é bom amar em plenitude, doar-me por inteiro àquilo em que acredito!
E eu... ACREDITO NA VIDA!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário