Elvas, a cidadela militar alentejana Património, vestiu galas e 'pintou-se' com as cores nacionais para comemorar o Dia de Portugal, de Camões, das Comunidades, da Peregrinação Internacional das Crianças a Fátima... tudo o que as cabeças pensantes do 'Reino de Portugal' houverem por bem comemorar, pois nunca é demais recordar que já é antigo o uso do 'pão e circo' para calar as gargantas daqueles que barafustam porque a vida está pela hora da morte.
O Presidente da República congregou as forças vivas à sombra do centenário aqueduto elvense, as bandas militares deram o toque que as circunstâncias exigiam, os Militares, poucos como a 'Tróika' exige, vestiram-se de gala e brio, o Povo teve ensejo de vaiar o Presidente e o Primeiro Ministro, para que a festa fosse completa, chegando ao ponto de choverem impropérios populares durante o Hino Nacional, que se desrespeita de forma acintosa... porque sim!
Por iniciativa do Presidente da República, como já havia feito no ano anterior, foram incorporados no desfile alguns antigos Combatentes das Guerras do Ultramar, em clara tentativa de desvalorizar a cerimónia que, à mesma hora, estava a decorrer em Lisboa, junto ao Memorial dos Combatentes. Aqui estavam realmente os Combatentes do Ultramar e não um grupo de Combatentes escolhidos pela Presidência da República ou alguém por ela.
Foram convidados de honra a Câmara Municipal de Lisboa, todas as Chefias Militares, os militares agraciados com a Ordem Militar da Torre e Espada, o Comando Geral da GNR, a Direcção Nacional da PSP, os Presidentes das Associações de Combatentes, o Secretário Executivo da CPLP e os Adidos Militares ou Culturais junto das embaixadas da CPLP.
A cerimónia teve a dignidade que a saudade daqueles que ali estão evocados merece.
A fundadora e Presidente do Banco Alimentar contra a Fome, Drª. Isabel Jonet, foi a responsável pelo discurso de homenagem aos Combatentes, na cerimónia que ocorreu junto ao Memorial dos Combatentes, junto ao Forte do Bom Sucesso. .A dada altura do seu discurso, a Drª Jonet alertou para os 'tempos difíceis' e 'intolerantes' que se estão a 'instalar' em Portugal, especialmente no que respeita à liberdade de expressão e opinião, que estão a ser ameaçadas.
A Comissão Executiva das cerimónias justificou o convite à Drª. Isabel Jonet porque é 'uma mulher de armas que não vira a cara à luta' e pretendeu-se recordar este ano o papel desempenhado pelas mulheres durante a Guerra no Ultramar.
'Constrangimentos com que alguns, nestes tempos difíceis e, estranhamente de novo intolerantes, que se vivem no nosso país, pretendem condicionar quem quer se seja e a propósito do que quer que seja, designadamente quando está em causa o exercício livre do mais elementar direito à intervenção cívica', afirmou a responsável do Banco Alimentar.
A Comissão Executiva das cerimónias justificou o convite à Drª. Isabel Jonet porque é 'uma mulher de armas que não vira a cara à luta' e pretendeu-se recordar este ano o papel desempenhado pelas mulheres durante a Guerra no Ultramar.
'Constrangimentos com que alguns, nestes tempos difíceis e, estranhamente de novo intolerantes, que se vivem no nosso país, pretendem condicionar quem quer se seja e a propósito do que quer que seja, designadamente quando está em causa o exercício livre do mais elementar direito à intervenção cívica', afirmou a responsável do Banco Alimentar.
Quando lhe foi perguntado pelos jornalistas, no final da cerimónia, Isabel Jonet escusou-se a concretizar ao que se referira, mas reiterou que a liberdade de expressão pode estar ameaçada.
'Hoje, algumas liberdades parecem até estar ameaçadas por pessoas que, com convicções diferentes, não deixam a todos manifestar-se por aquilo em que acreditam', frisou.
Sobre a situação do país, disse que Portugal atravessa 'um momento muito difícil', apelando à união de todos para 'manter a liberdade e independência' que tantos séculos levou a conquistar.
'Hoje, algumas liberdades parecem até estar ameaçadas por pessoas que, com convicções diferentes, não deixam a todos manifestar-se por aquilo em que acreditam', frisou.
Sobre a situação do país, disse que Portugal atravessa 'um momento muito difícil', apelando à união de todos para 'manter a liberdade e independência' que tantos séculos levou a conquistar.
'É momento de encarar com realismo que temos de estar juntos porque a situação assim o exige. (..).Penso que há solução à vista e, apesar de tudo, já se nota alguma diferença na situação atual', disse.
Quanto ao facto de haver ex-combatentes a viverem em situações de dificuldade económica, Isabel Jonet admitiu que o Banco Alimentar apoia associações que estão a auxiliar antigos combatentes.
Quanto ao facto de haver ex-combatentes a viverem em situações de dificuldade económica, Isabel Jonet admitiu que o Banco Alimentar apoia associações que estão a auxiliar antigos combatentes.