Por iniciativa de Sua Majestade a Rainha Dona Amélia, que foi mulher de el-Rei D. Carlos I, assassinado no trágico dia 01 de Fevereiro de 1908, junto com seu filho, o Príncipe Herdeiro Dom Luis Filipe, foi criado o Museu dos Coches Reaes, como se chamava na época e que foi inaugurado a 23 de Maio de 1905.
Escolheu-se om Picadeiro Real de Belém para a sua instalação, pois este deixara de ser utilizado como tal e era lá que se iam armazenando as principais viaturas da Corte. A Rainha fez então convergir para o local os carros antigos da nobreza afecta à Casa Real, tal como os acessórios a esses carros pertencentes.
Foi um espólio que foi sendo recolhido nas várias cocheiras espalhadas pelo reino, fazendo-se assim uma coleção de 29 viaturas, de fardas de gala, arreios de tiro e acessórios para a cavalaria normalmente utilizados pela Família Real.
Agora que se está a comemorar o centenário da República, não se pode ficar indiferente perante a infâmia, o insulto à memória da excelsa Senhora que foi a última Rainha de Portugal e que até morrer, com 86 anos de idade, afirmou sempre que nunca esqueceu. Quando estava a morrer, disse: - "Quero bem a todos os Portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal (...) sofro tanto. Deus está comigo! Levem-me para Portugal!".
Foi uma Senhora profundamente atingida naquilo que era a sua felicidade como Mulher de carácter, Esposa fiel e dedicada e Mãe extremosa, mas jamais na selicidade de Rainha amante do seu Povo.
Foi uma Senhora profundamente atingida naquilo que era a sua felicidade como Mulher de carácter, Esposa fiel e dedicada e Mãe extremosa, mas jamais na selicidade de Rainha amante do seu Povo.
O insulto torpe e soez à sua memória cimenta-se no, acto inaugural do novo Museu dos Coches, que será realizado no dia 5 de Outubro de 2010.
Ela, Dona Amélia de Orleans e Bragança, que viu o seu Marido e o Filho primogénito serem assassinados pelos mesmos esbirros que implantaram a República, merecia outro respeito, pois nem sequer está em causa a dictomia MONARQUIA/REPÚBLICA, mas tão só o respeito que se deve a uma Mulher que teve de se exilar, mas, como afirmou em 1938, no momento de embarcar, inicialmente para o Porto: - "Não chorámos, não pedimos e não tivemos medio! Pelo contrário! Se houve um comandante com medo de morrer, não houve duas rainhas com medo de ficar".
É mais um crime de lesa memória que a República pratica, pois as ações ficam com quem as pratica... e este insulto a Dona Amélia mostra bem os valores republicanos que nos norteiam.
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