As línguas originais com que foi escrita a Bíblia cristã foram o Hebraico, por vezes com mistura do Aramaico, no que toca ao Antigo Testamento, e o Grego, salvo nos casos em que o original provinha do Aramaico, no que refere ao Novo Testamento.
No entanto, para a maioria dos Cristãos, durante a maior parte da sua história, fosse essa ou não a língua da Bíblia a sua própria língua, era qualquer coisa de diferente das línguas originais.
Para os Muçulmanos, a questão tornava-se bastante diferente, porque o Árabe não é apenas a língua original do Alcorão mas sim é a língua do Alcorão. A tradução das escrituras era, pois, um problema para os Muçulmanos de uma forma que não o era para os Cristãos. O que estava em causa não era saber se seria ou não permitido passar o sentido do Alcorão para outra língua, pois é evidente que isto se podia fazer, embora o resultado fosse considerado como imperfeito, naturalmente, ficando portanto sujeito a erro humano. O problema maior era o uso que pudessem ser dado a essa tradução.
Quando a tradução surgisse com o propósito de facilitar a compreensão por parte de pessoas cuja língua nativa não lhes permitisse entender o original Árabe, não haveria qualquer problema.
No entanto, para a maioria dos Cristãos, durante a maior parte da sua história, fosse essa ou não a língua da Bíblia a sua própria língua, era qualquer coisa de diferente das línguas originais.
Para os Muçulmanos, a questão tornava-se bastante diferente, porque o Árabe não é apenas a língua original do Alcorão mas sim é a língua do Alcorão. A tradução das escrituras era, pois, um problema para os Muçulmanos de uma forma que não o era para os Cristãos. O que estava em causa não era saber se seria ou não permitido passar o sentido do Alcorão para outra língua, pois é evidente que isto se podia fazer, embora o resultado fosse considerado como imperfeito, naturalmente, ficando portanto sujeito a erro humano. O problema maior era o uso que pudessem ser dado a essa tradução.
Quando a tradução surgisse com o propósito de facilitar a compreensão por parte de pessoas cuja língua nativa não lhes permitisse entender o original Árabe, não haveria qualquer problema.
É este o motivo porque existe um vasto conjunto de traduções Persas do Alcorão, sendo as mais antigas datadas do século X ou XI.
Notam-se em algumas traduções algumas características curiosas, como ser o texto Árabe escrito em Naskhi, com caracteres soltos em negrita e por baixo de cada linha árabe, em caligrafia pequena típica dos Persas, está uma humilde, palavra a palavra, tradução persa. A hegeminia do Árabe original está, virtual e inequivocamente, exposta, e a ordem das palavras árabes sobrepõe-se aos padrões sintáticos normais da língua persa - os verbos aparecem no princípio dos versículos em vez de aparecerem no final.
O servilismo destas traduções tem muito paralelismo noutras culturas. A tradução gótica da Bíblia do século IV é penosamente literal, e as traduções Tibetanas das escrituras Budistas aderem tão rigorosamente aos textos originais que podem ser utilizados, à confiança, para os reconstituir.
Podem encontrar-se num formato em negrita mais carregado nas traduções que actualmente se publicam no Irão, mas há algumas traduções que apresentam o Árabe e o Persa em páginas opostas, mas a primazia do Árabe é marcante, pois aparece na página direita em absoluto contraste com a tradução persa, apresentada na página esquerda numa impressão bastante modesta.
Um, como observa o "ayatollah" Nasir Makarim Shirazi, autor da tradução aludida, "é a Palavra de Deus e o outro é meramente um ser criado". No entanto, esta tradução está muito longe de ser servil. A sintaxe persa mantém-se inabalável: os verbos deslocam-se para o final dos versículos, ao mesmo tempo que o tratamento do significado é notavelmente mais assertivo.
Notam-se em algumas traduções algumas características curiosas, como ser o texto Árabe escrito em Naskhi, com caracteres soltos em negrita e por baixo de cada linha árabe, em caligrafia pequena típica dos Persas, está uma humilde, palavra a palavra, tradução persa. A hegeminia do Árabe original está, virtual e inequivocamente, exposta, e a ordem das palavras árabes sobrepõe-se aos padrões sintáticos normais da língua persa - os verbos aparecem no princípio dos versículos em vez de aparecerem no final.
O servilismo destas traduções tem muito paralelismo noutras culturas. A tradução gótica da Bíblia do século IV é penosamente literal, e as traduções Tibetanas das escrituras Budistas aderem tão rigorosamente aos textos originais que podem ser utilizados, à confiança, para os reconstituir.
Podem encontrar-se num formato em negrita mais carregado nas traduções que actualmente se publicam no Irão, mas há algumas traduções que apresentam o Árabe e o Persa em páginas opostas, mas a primazia do Árabe é marcante, pois aparece na página direita em absoluto contraste com a tradução persa, apresentada na página esquerda numa impressão bastante modesta.
Um, como observa o "ayatollah" Nasir Makarim Shirazi, autor da tradução aludida, "é a Palavra de Deus e o outro é meramente um ser criado". No entanto, esta tradução está muito longe de ser servil. A sintaxe persa mantém-se inabalável: os verbos deslocam-se para o final dos versículos, ao mesmo tempo que o tratamento do significado é notavelmente mais assertivo.
CONTINUA...
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