23/07/08

UMA SANTA A IMITAR...

Santa Clara de Assis
* Santa Clara de Assis, nascida com o nome de Chiara d'Offreducci , em Assis - Itália, a 11 de Julho de 1193, faleceu em Assis no dia 11 de Agosto de 1253. O interessante é que o seu nome vem de uma inspiração dada à sua religiosa mãe, a qual haveria de ter uma filha que iluminaria o mundo.
* Descendia de uma família nobre e era uma jovem dotada de grande beleza. Desde cedo se destacou pelo seu
respeito para com os pequenos e uma caridade extrema, tanto que ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada por uma irresistível tendência religiosa de segui-lo.
* Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir
Jesus mais radicalmente. Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis, na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido como das Damas Pobres ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.
* O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao
mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou ao mosteiro bastante desanimada e logo foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus !" Quando a santa se afastou, a outra freira foi buscar o embrulho que trouxera... mas não conseguiu mais levantá-lo. Tudo se tinha multiplicado, miraculosamente.
* Numa outra ocasião, quando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o cálice com hóstias consagradas e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre é que Santa Clara segura o cálice na mão.
* Um ano antes da sua morte, ocorrida em
1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem ter de sair de seu leito. Foi por este facto que foi aclamada como protetora da televisão. É a Fundadora do ramo feminino da Ordem Franciscana.

03/07/08

HINO DE ESPERANÇA... A VIDA...!

Uma nova vida surgida...
...vem trazer ao mundo a esperança
e a felicidade plena é vivida
por aqueles que ela alcança!
Luis Carlos é tão só
o enlevo dos teus pais...
...o menino da sua avó...
...que agora só deseja
que sejas muito feliz...
...e com carinho te beija,
meu querido e lindo Luis!
Estão os pais de parabéns
por este dia ridente
em que viu a luz do dia
este pedacinho de gente!
Agora só peço a Deus
que te dê muitas venturas,
sejas amado pelos teus,
que te dão amor e ternura!
Que tenhas amigos na vida,
que sejam sinceros e leais...
...sejas a esperança renascida
de todo o amor dos teus pais!
l
Dedicado pelos avós
Antonieta e Victor,
ao neto Luis Carlos, no dia do
seu nascimento:
02 de Julho de 2008

01/07/08

CRIANCINHAS...


A criancinha quer uma Playstation... A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato... A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa... A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas... Hambúrgueres muitos... Pizzas, umas tantas... Coca-Colas, às litradas... A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha quer uma camisola Adidas e ténis Nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola... e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.
Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir a mesada, a semanada, a diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la, porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver os Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tentando em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal.
Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas, de que a televisão fala, e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha?
Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital, com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.


Artigo publicado na revista VISÂO online